quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Todo e o Nada





Alcançar o Todo é também alcançar o Nada. Eles são apenas um ponto.



Mas o Tudo e o Nada não são compatíveis com a tua percepção daí.


Quando vais ao Tudo e ao Nada é como se te arrancassem de ti mesma e não queres regressar aí, à tua ilusão vivida e vívida.


Há que manter, tens que manter os pratos da balança em equilíbrio.
 Ambiciona o aqui apenas quando o aí estiver resolvido, encerrado.


Estás aí por ti, mas também pelos outros. Por tantos outros!


E tantos outros que nem conheces, nem sonhas conhecer!


Todos Nós estamos aí, ou estivemos aí com um propósito bem maior do que aquele que conhecíamos. 
Não estamos aí apenas para viver.
Nos conceitos pensamos.


O que estás a viver aí já o repetiste, já o repetimos. Até já conversámos sobre isso!


Agora há uma oportunidade, digamos de ouro, de acolherem de serem receptáculo das Energias que um dia aparentemente abandonaram e pela qual aparentemente foram abandonados.


Olhem tanta coisa nova a chegar!


Nunca os habitantes deste maravilhoso Planeta tinham recebido tanto em tão pouco tempo!


Pensem que é quase como que uma revolta dos encarnados.


Chega de tantas vidas consecutivas, tantos períodos reencarnatórios, ficando sempre presos, presos a uma roda que não parava, aparentemente. Agora é como se abrisse um gigantesco portão e viessem fluídas energias novas, energias contemporâneas que vos envolvem o corpo, que vos banham a Alma, que circulam à volta e por dentro de vós e com uma elegância que até vocês desconheciam porque não se lembravam.


A vossa Alma começa a crescer como uma linda flor, como um lindo pássaro elegante.


É a libertação, finalmente! É a União do Todo!


Do que está longe aos vossos olhos e do que está ao toque da vossa mão.


E vocês vão percebendo que a carne não é só carne. O chão não é só chão.
Há um Todo que faz parte de vós embora vocês nem sonhassem fazer parte desse Todo.
E novamente o Todo abandona-se no Nada. Explode em Graça. Em Leveza, em Paz, em Harmonia, em sons que vocês até desconhecem!

Quando parti de regresso a este ponto do Tudo e do Nada também já não lembrava quem eu era. Sabia que o Eu não era o meu Todo.



E no regresso nessa partida, completei-me. Atingi a minha totalidade.


Mas a minha totalidade tem franjas que aguardam que outras franjas se entrelacem nelas. São as franjas dos outros. Dos nossos outros.


Apenas aí seremos um Todo colectivo. Individual mas Uno no grupo.

Arthrathon
Canalizado por: Ana Clara


em 15 de Junho de 2011
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